A atriz e diretora Ana Flávia Chrispiano fez elogios à apresentação e à organização do FIL
Por Francisco Procópio
A diretora formada em artes cênicas pela USP Ana Flávia escolheu a peça "Barquinho Amarelo" para comemorar o dia das crianças junto com a sua filha na cidade do Rio de Janeiro. Como mãe, avalia positivamente a primeira experiência da filha: "Ela ficou bem encantada , reagiu bastante, sinto essa vontade grande de entrar como um sinal que foi muito bom, ela adorou", revelou Ana.
O tom nostálgico que o espetáculo traz ao relembrar brincadeiras dos anos 70 fez com que não só as crianças se divertissem com a peça, mas também os seus pais, como afirma a professora de teatro: "Fiquei tentando relembrar de como fazer as dobraduras apresentadas, ele é muito singelo, teve muita beleza e poesia. Os recursos audiovisuais fizeram todos gostarem do espetáculo".
A interação do grupo com a plateia foi outro ponto chave, buscando estar sempre atento às reações das crianças, mesmo com a necessidade de uma certa distância do publico em relação ao telão para não atrapalhar a projeção. Os atores procuravam se aproximar do público, como explica Ana Flávia :"Em vários momentos eles [os atores] se aproximavam, principalmente quando ela [sua filha] estava mais engajada."
O FIL foi elogiado pela diretora de teatro por ser um festival que abraça diferentes culturas e tem como principal objetivo a divulgação das artes e culturas. Dessa forma, ele se diferencia de grande parte dos festivais artísticos que se rendem à ótica capitalista: "Não é simples achar teatro bom para crianças, porque tem muita coisa comercial dentro de shopping criando a impressão que a arte é apenas um produto na vitrine ou peças que induzem o consumo como as de princesas da Disney. Acho que vem se perdendo a referência de uma arte de qualidade que realmente toque a gente", afirmou a atriz.
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