Peça apresentada no último dia 11 atingiu seu objetivo de interação com o público e foi elogiada pelos espectadores
Por Ana Paula Jaume e Pedro Guimarães
"A Rainha e as Abelhas" mexeu com a imaginação da plateia de diversas formas, o que pode ser observado durante os 60 minutos de apresentação. Assim, foram vários os destaques da obra, principalmente por parte do público infantil que estava presente.
Em um dado momento, Andrea cobriu-se com sua saia e transformou-se na Branca de Neve. Quando ela se deitou no chão, segurando uma flor com as mãos em seu peito, as crianças se entreolharam, o que traduziu-se em uma tentativa de descobrir o que estaria acontecendo com a Rainha.
Elas não pensaram muito e, rapidamente, dirigiram-se até o palco. Chegando lá, elas gritavam e andavam de um lado para o outro tentando compreender o que ocorria ali. Enquanto isso, alguns pais chamavam seus filhos para retornarem aos seus lugares e sentarem-se.
Ao final da peça, Andrea, já parcialmente descaracterizada, pegou um balão e desenhou nele uma abelha. Com isso, quase todas as crianças que assistiam à apresentação levantaram-se e colocaram-se ao redor de Andrea. Em seguida, ela perguntou ao público se o inseto estava triste ou feliz, demonstrando mais uma vez forte interação com seus espectadores.
Enquanto o público deixava a sala em que ocorreu a peça, conversamos com um pai que levou seu filho para assistir ao evento.
Confira a entrevista:
O que você achou do espetáculo e de como ele mexeu com a imaginação das crianças?
Achei muito legal. As crianças ficaram, como ela [Andrea Jabor] falou, querendo participar e interagir. É uma sala que já pertence a elas [crianças] da aula da capoeira, então é um espaço muito comum e próximo. Acho que super comunicou com as crianças, elas entenderam a transformação da abelha e da rainha. Foi muito legal.
Você já tinha levado o seu filho a algum outro espetáculo parecido?
Não, parecido não. Já levei em teatro, mas com bem menos interação e menos contemplativo, o que é uma dificuldade, eu acho, para a criança: como a dança. Assim, com menos diálogo, a informação fica muito mais na imaginação.
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